Para Conhecer: Fernando de Noronha

Fernando de Noronha

Prepare-se para uma viagem de sonho: Fernando de Noronha tem o mais belo conjunto de praias do Brasil. Não é pouco, principalmente quando se trata de um país com mais de 7 000 km de litoral. Aqui, tudo é superlativo. Como a beleza inesquecível da Baía do Sancho, da Baía dos Porcos e da Praia do Leão. Inesquecível, também, é mergulhar com tartarugas marinhas, navegar lado a lado com golfinhos, observar o pôr do sol a partir das praias do Cachorro, do Meio ou do mirante do Boldró. Prepare-se, também, para uma viagem nada econômica. A maioria das pousadas da ilha tem pouco conforto e preços altos, assim como os pratos mais básicos dos restaurantes, e as taxas ambiental e do Parque Nacional Marinho também aumentam essa conta. Mas não é disso que você vai se lembrar ao entrar no avião, quando voltar para casa. As praias, os golfinhos e as tartarugas e o pôr do sol darão conta de garantir um retorno com gostinho de quero mais.

COMO CHEGAR

Há voos para Fernando de Noronha partindo de Natal e Recife – a viagem leva aproximadamente 1h20. Na chegada, você evita uma fila razoável se já tiver pago a taxa ambiental obrigatória pela internet (R$ 48,20 por dia; no site oficial). Hotéis e pousadas oferecem traslado grátis a partir do aeroporto.

COMO CIRCULAR

A ilha não é extensa, mas não dá para circular só a pé. Nesse ponto, leva vantagem quem fica na Vila dos Remédios, em Floresta Nova ou no Sueste, por conseguir chegar caminhando até a praia. Para ter liberdade total, o ideal é alugar um bugue – a diária custa entre R$ 150 e R$ 200 e a gasolina (a mais cara do Brasil, R$ 4,78 o litro) fica por conta do visitante. Novidade de 2014: as bicicletas elétricas, disponíveis para aluguel nos Postos de Informação e Controle (PICs) das praias do Sancho e Sueste e no Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho, ao lado do ICMBio, na Vila do Boldró (R$ 25, das 8h às 18h) – você pode alugar num posto e devolver em outro, sem custo adicional. Também há táxis-bugues (Nortax, 3619-1314), que cobram de R$ 15 a R$ 37 pela corrida. Pelos 7 km da BR-363 circulam microônibus (R$ 3) que ligam, a cada 30 minutos, o Porto de Santo Antônio ao Sueste. O velho e bom hábito de pegar carona é comum pela ilha – segurança não é problema.

UM DIA PERFEITO

Começa por volta das oito da manhã, no Porto de Santo Antônio. Dali parte o Passeio de Barco que costeia o Mar de Dentro de ponta a ponta. No caminho, duas atrações imperdíveis: golfinhos nadando ao lado do barco e mergulho na BaÍa do Sancho. Um almoço no Varanda, na Vila do Trinta, pode ter como sequência um relax nas praias da Conceição, do Meio ou do Cachorro – de qualquer uma você observa o lindo pôr do sol da ilha. Um jantar no o Pico pode fechar bem o dia.

ONDE FICAR

A rede hoteleira de Noronha oferece de tudo, de hospedagens confortáveis a pousadas familiares, com serviço mais informal. A maioria conta com TVs de LCD, frigobar e ar-condicionado silencioso. Leve em conta a localização na hora de fazer a reserva. Nas vilas do Trinta e Floresta Velha há mercadinhos por perto, mas a praia fica mais distante. Quem fica em Floresta Nova e na Vila dos Remédios (o centrinho da ilha) consegue, fazendo caminhadas um pouco puxadas, chegar às praias do Cachorro, do Meio e da Conceição.

É TUDO VERDADE

A Econoronha reduziu em 50% o consumo de garrafas pet na ilha vendendo squeezes, que você abastece com água no Boldró (Centro de Visitantes do Parque Nacional), Sancho ou Sueste. No squeeze, 700 ml custam R$ 3 (sem ele, uma garrafa de 500 ml chega a R$ 5).

ONDE COMER

Peixes, frutos do mar e preços altos estão em quase todos os cardápios de Fernando de Noronha. Grande parte dos produtos vem do continente, o que inflaciona a conta. Na hora de escolher o prato, pergunte pelo peixe mais fresco, pescado nos arredores da ilha. O programa mais famoso é o Festival Gastronômico da Pousada do Zé Maria; o mais inusitado, o surpreendente Palhoça da Colina. A melhor opção “econômica” é o Flamboyant, na entrada da Vila dos Remédios, pertinho da BR.

LUGARZINHO

Loja de roupas, café e restaurante, O Pico tem um dos ambientes mais bacanas da ilha. Há uma parede inteira com xilogravuras de J. Borges feitas especialmente para Fernando de Noronha – as figuras estão à venda, assim como algumas peças de artesanato e decoração.

O GUIA RECOMENDA

Quatro dias – Além da BaÍa do Sancho, outras duas praias cincoestrelas devem entrar na sua programação: Baía dos Porcos e Praia do Leão. Um tour a pé pela parte histórica da Vila dos Remédios, o centrinho de Noronha, leva ao menos meio dia: pelo caminho estarão a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, o Memorial Noronhense, as ruínas da Fortaleza e a Arte Noronha, que vende de artesanato a livros de fotos sobre a ilha. Coloque na agenda, também, um passeio de Prancha Submarina, uma visita ao Projeto Tamar, um Mergulho Livre na Baía do Sueste, para ver tartarugas marinhas, e um Mergulho com cilindro (atividade que deve ser feita com ao menos 24h de antecedência em relação ao seu voo de volta). Reserve uma das noites para jantar no Palhoça da Colina, que serve peixe assado na folha de bananeira.

FOTOGRAFIA

Ao explorar a Vila dos Remédios, não deixe de caminhar até as ruínas da fortaleza. Lá do alto, à esquerda você enquadra o Morro do Pico, as praias do Meio e da Conceição e até o Morro Dois Irmãos. À direita, os barcos atracados no porto e as ilhas secundárias.

VIDA NOTURNA

O forró do Bar do Cachorro, às sextas, é um clássico; e o Espaço Cultural Muzenza, ao lado da igreja, é famoso pelo reggae das quintas – ambos têm programação para a semana toda. O Bar do Meio promove sua festa aos domingos (das 16h à 0h), com música eletrônica.

QUANDO IR

As diárias ficam mais baratas entre março e junho, quando chove mais (o que não costuma atrapalhar os passeios). Entre setembro e outubro, o mar é perfeito para mergulhos. E, de dezembro a fevereiro, as ondas favorecem os surfistas.

Com informações Eduardo Cordeiro – Revista Viagem e Turismo

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